CORONAVÍRUS

Entenda um pouco sobre esse vírus.





Como a COVID-19 veio até aqui? Você deve usar máscara na rua? Há risco de epidemia? Essas são algumas perguntas que muitos estão se fazendo.

Dois meses após surgir na China, a COVID-19 – doença respiratória causada por um novo tipo de coronavírus – foi identificada no Brasil na dia (26/02). Com isso, o Brasil se torna o primeiro país a reportar um caso do vírus na América Latina – que, até agora, era a única região sem caso da doença. Segue as principais dúvidas sobre esse vírus.

1) Como a COVID-19 chegou ao Brasil?
O primeiro caso foi detectado em um homem brasileiro de 61 anos, que viajou a trabalho para o norte da Itália, no dia 9 de fevereiro, retornando para a cidade de São Paulo no dia 21. Quando ele chegou, estava assintomático, mas dois dias depois apresentou sintomas e procurou ajuda médica.  
A confirmação oficial veio do Instituto Adolfo Lutz, se tornando assim o primeiro caso da doença confirmado em toda a América Latina.

2) Há risco de epidemia?
Ainda não dá para saber. Só há um caso confirmado até agora, mas outros 20 estão sendo monitorados como suspeitos – a maioria (11) no estado de São Paulo. Um dos casos suspeitos é a esposa do homem já infectado; os outros são de pessoas que viajaram para países onde há casos confirmados da doença, como Itália, Alemanha e a própria China. Outros 59 casos já foram descartados.
O número de pessoas em monitoramento é grande, mas estudos preliminares já demonstraram que cada indivíduo infectado passa o vírus para, em média, 2 a 3 outras pessoas. De qualquer forma, não há nada que justifique pânico. A detecção precoce da doença no Brasil ajuda no rastreamento da doença, e mesmo na China, onde a doença surgiu e se espalhou rapidamente, a transmissão está sendo contida aos poucos.

3) O que fazer para se precaver? 
Os protocolos de prevenção da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde concordam que a melhor maneira de se precaver é a higienização, lavando as mãos com frequência ou utilizando desinfetantes à base de álcool. 
Outra medida eficaz é evitar levar as mãos ao nariz, boca ou olhos sem antes lavar as mãos. De resto, valem as regrinhas aplicadas em casos de gripe comum: espirrar e tossir apenas em lenços descartáveis; evitar aglomerações de pessoas; limpar e desinfetar objetos com frequência; e manter uma dieta saudável para fortalecer o sistema imunológico.

4) Devo usar máscara cirúrgica ao sair na rua?
Por incrível que pareça, não é necessário. Apesar de ser uma visão comum em diversas cenas da epidemia pelo mundo, as máscaras descartáveis comuns protegem muito pouco contra a COVID-19. Além disso, se usadas por muito tempo, podem acumular fluídos infectados em sua superfície e assim levar o vírus para pessoas próximas. Por isso, nem a OMS nem o Ministério da Saúde citam o uso de máscara como uma medida de prevenção efetiva – o melhor mesmo é a higienização constante.
As máscaras só são recomendadas em alguns casos, como quando a pessoa já estiver infectada com a doença, porque ela evita que o vírus seja passado adiante, ou quando uma pessoa saudável vai ter contato próximo com uma pessoa que já estiver infectada, como no caso de médicos e agentes de saúde. 

5) Quais são os sintomas de uma possível infecção? 
Os sintomas da doença parecem com o de uma gripe comum: coriza, febre e tosse, e, em quadros mais graves, dificuldade para respirar. Se você apresentar algum desses sintomas, deve procurar uma unidade de saúde e relatar se viajou para o exterior recentemente ou se teve contato com alguém que viajou.
O protocolo médico é testar os pacientes suspeitos, mas só internar aqueles que apresentarem sintomas graves, como dificuldade em respirar. Quem apresentar apenas sintomas leves deve ficar em quarentena em sua própria casa até a doença desaparecer. Isso porque, em um hospital, o infectado pode passar a doença adiante para pessoas já vulneráveis e doentes.
Não há cura conhecida para a COVID-19: o jeito é esperar que o sistema imunológico se livre do vírus por si só. Por isso, pessoas mais velhas ou com o sistema imunológico debilitado estão sob maior risco.

Fonte: Superinteressante fev 2020 (Bruno Carbinatto)

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